Começou nesta segunda-feira (3) o julgamento do processo aberto na Justiça dos Estados Unidos pela Epic Games, criadora do game “Fortnite”, contra a Apple.
A desenvolvedora do jogo acusa a gigante da tecnologia de exagerar de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos.
A disputa começou em agosto de 2020, quando a Epic Games desafiou a Apple oferecendo aos jogadores a compra da moeda virtual do “Fortnite” mais barata.
Para isso, as pessoas precisariam comprar o item diretamente por meio do seu sistema de pagamento, e não pelo da Apple, que cobra uma percentagem de 30% por essas transações.
A fabricante do iPhone imediatamente removeu o jogo da App Store, sua loja de aplicativos – o que impossibilitou que as pessoas pudessem baixar o jogo para o celular ou para o iPad.
Os fãs do jogo “battle royale” (jogo de sobrevivência) que possuem exclusivamente dispositivos da Apple não tiveram acesso às atualizações desde então.
Posteriormente meses de discussões jurídicas e na imprensa, a juíza Yvonne González Rogers avaliará o caso por três semanas em Oakland, uma cidade perto de São Francisco.
Ambas as empresas concordaram em um julgamento sem júri. Tim Cook e Tim Sweeney, executivos da Apple e da Epic, respectivamente, devem comparecer pessoalmente para depor.
Com algumas exceções, equipes de advogados, a mídia e o público estarão presentes nas sessões por meio de telefone ou Zoom, como medida de prevenção devido à pandemia de Covid-19.